quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Auto-Avaliação

A auto-avaliação é uma tarefa difícil de concretizar, porque nós nunca somos justos na nossa avaliação. Mas como tenho que me auto avaliar eu vou falar do que acho que fiz bem e o que fiz mal.

Durante este período, em todos os trabalhos realizados acho que fui empenhada e me dediquei ao projecto. Quanto aos trabalhos escritos já não posso dizer o mesmo, porque acho que alguns deles foram feitos com demasiada presa e por isso em alguns pode faltar uma certa coerência e noutros um pouco de desenvolvimento. A minha participação nas aulas penso que é boa.

Perante isto tudo penso que mereço um 17, porque me esforcei e entreguei tudo dentro dos prazos.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

A Beneficente, uma Associação de Solidariedade Social



Introdução

Este trabalho tem como objectivo principal falar da instituição na qual vamos estagiar, saber os seus princípios e meios de fazer a comunidade adquiri-los também.

A Beneficente é uma associação de solidariedade social que já existe há um século. A solidariedade tem um papel muito importante nos dias de hoje, visto que cada vez a população está a ficar com menos posses devido à crise que atravessamos a nível económico e mesmo social.

A participação da comunidade em actividades sociais enquadradas no voluntariado é um dever de cada cidadão, contribuindo para a felicidade dos jovens e adultos, de modo que encontrem na sociedade os apoios de que possam infelizmente vir a precisar.


Fundadores:

  • Francisco Gonçalves Amorim e esposa
  • Cândido Augusto Landolt
  • Adolfo Batista Gomes Ferreira
  • Valdomiro Baldomero de Figueiredo
  • Cândido Truco Guimarães
  • Adelino Ferreira Batista
  • Belmiro Batista Gomes Ferreira
  • António Batista Gomes Ferreira
  • Manuel Pereira Dias
  • Padre Afonso dos Santos Soares
  • Laurindo Marques de Oliveira
  • Padre José Almeida Amorim
  • Padre Manuel da Silva Ferreira
  • José da Costa Novo
  • Manuel Batista Carneiro
  • Padre Alexandre Almeida Rainha
  • António da Silva Marques
  • António dos Santos Graça
  • José Martins de Faria
  • Álvaro Ribeiro Pontes
  • José Eduardo Pinheiro
  • Abade Manuel Ribeiro de Castro
  • Adelino de Oliveira Costa
  • João Henrique Alves da Costa Reis
  • José Pereira Sampaio
  • António Gonçalves Casanova
  • Afonso Henriques de Melo
  • António Fernandes Ribeiro
  • António da Silva Montenegro
  • Alfredo da Silva Montenegro
  • Prudêncio Gonçalves
  • Amândio Luís Monteiro
  • José Francisco Gomes
  • Joaquim Martins da Costa

O que é a beneficente?

A beneficente é uma Associação de Solidariedade Social que foi fundada em 1 de Janeiro de 1906 sem fins lucrativos com objectivo assistencial de apoio aos mais carenciados e na vertente educacional, actividades e serviços para crianças e jovens, cumprindo os ideais dos seus fundadores.

A início, a Associação tinha por finalidade formalizar e legalizar uma Associação de beneficência para “apoio aos pobres, entravados, cegos, tuberculosos, velhos, e para toda e qualquer calamidade que ocorra dentro desta Vila.”

Sendo assim, a Associação tem vindo, desde então, a desenvolver e a incrementar respostas sociais para a população poveira, no sentido de se diluírem os problemas sociais que emergem na comunidade, especialmente na classe piscatória.

No princípio não existia ainda um edifício-sede, mas foi construído um na Rua Visconde, uma antiga residência paroquial, que depois foi demolida para ser construído o actual edifício-sede.

Um dos momentos de ouro desta Associação de Caridade situou-se na década de 50, depois da inauguração do novo edifício, que passou a servir no Refeitório, conhecido por “sopa dos pobres”, cerca de 400 refeições diárias gratuitas.

A Beneficente, ate aos finais dos anos 60, por obrigação estatuária, prestava serviços na área social com as valências “sopa dos pobres” e Balneário.

Em Outubro de 1970 é inaugurado o Jardim-Escola Santo António, instalado num edifício alugado na Rua da Conceição nº 11, com a valência Pré-Primário, destinada a 75 crianças carenciadas do concelho, com idades compreendidas entre os três e os seis anos.

A partir da década de 80, a Associação entrou numa nova fase da sua actividade assistencial, aumentando os serviços que prestava à comunidade poveira.

No que se refere ao funcionamento e gestão, a Associação encontrava-se dividida em três áreas: a social, a educativa e de apoio à família e a administrativa. É com a conjugação destas áreas que se tenta diariamente fazer cumprir os objectivos estatuários da Associação.

A área educacional teve um crescimento significativo com a inauguração em 1989 do Edifício Monsenhor Pires Quesado, na Rua José Régio, onde funcionam as valências Creche, Jardim-de-infância e ATL, acolhendo cerca de 250 crianças diariamente.

Em 1991, depois da efectuada a remodelação e ampliação do edifício-sede, foi crida a valência ATL, reconvertendo um serviço social já existente e que se encontrava a ser prestado – Refeitório – sendo um apoio para algumas crianças “recolhidas na rua” onde passavam os dias e muitas vezes noites, em virtude da situação de pobreza do agregado familiar. Hoje recebe crianças de todas as condições sociais.

A direcção de então, reconhecendo as carências da valência Creche, mandou construir um edifício na Rua 1º de Maio, que foi inaugurado no ano de 1998, denominado Creche de N. Sra. Da Conceição, com capacidade para acolher 40 crianças.

A área social, razão principal da fundação da Associação de Caridade, tem quatro valências em funcionamento no edifício-sede: Refeitório, Centro de Dia, Balneário e Apoio Domiciliário. Presta serviço diário a cerca de 200 utentes, mitigando a fome e atenuando o sofrimento de pessoas muito carenciadas, independentemente da condição social de cada um.

A Associação dispõe de cinco edifícios na cidade da Póvoa de Varzim onde desenvolve as várias actividades. O quadro pessoal é composto por 100 trabalhadores, sendo 29 técnicos, 34 administrativos e de apoio e 37 auxiliares.

As valências no ano de 2004 prestaram serviços e apoios sociais a um número significativo de utentes:

Área social (em média/dia)

Refeitório 100 utentes

Centro de Dia 42 utentes

Apoio Domiciliário 59 utente

Balneário 10 utentes

Área Educacional

ALT (actividades tempos livres) 99 jovens

Creches 117 bebés (p/dia)

Pré-Primário (Jardim-Escola) 254 crianças (p/dia)

Actividades da beneficente:

“Sopa dos pobres”

O refeitório

A população poveira no início do século XX tinha como classe dominante o pescador, homens que lutavam para, na faina da pesca, ganhar o sustento para manter a família que normalmente era numerosa. Um grupo de homens de bom coração, entra os quais se encontravam sacerdotes e juízes de confrarias decidiram criar a beneficente uma Associação de Caridade. Assim foi dado início ao serviço de refeições gratuitas denominado a “sopa dos pobres”, que se manteve ao longo destes cem anos de existência da Associação.

O refeitório serve muitas refeições mas a maior frequência foi no período de 1939 a 1945 e nos anos 50, já nas instalações da actual sede com o apoio das Irmãs da Comunidade da Divina Providência e Sagrada Família.

Mitigar a fome é um dever da Associação conforme determina o Estatuto mas os “pobres” de hoje obrigam a maior caridade social pelo que A Beneficente está preparada para acompanhar estas novas problemáticas. O refeitório presta serviço a famílias carenciadas, abrangendo todo um conjunto de respostas que vão ao encontro das dificuldades actuais dos carenciados.

Esta valência social mantém a importância que lhe foi atribuída pelos seus fundadores e é fundamental para muitas famílias poveiras.

Área educacional

Jardim-escola Sto. António

“Todas as pessoas grandes começaram por ser crianças (embora poucas se lembrem disso).”

Os cravos ainda não tinham sido colocados nos canos doas espingardas e a Liberdade ainda não tinha sido gritada e festejada no país quando, em Outubro de 1970, foi inaugurado o Jardim-Escola Santo António, pertencente à associação “A Beneficente”, o primeiro a funcionar no concelho da Póvoa de Varzim e um dos primeiros no distrito do Porto.

Casa antiga, no começo, singular e originalmente conhecida e reconhecida com a casa Santo António, a adaptação e remodelação impuseram-se, para funcionamento exemplar de um Jardim-Escola destinado, inicialmente, a 75 crianças carenciadas do concelho, com idades compreendidas entre os três e os seis anos.

Em 2000, em plena viragem do século, a casa antiga, a casa de Santo António, seria, então, demolida. Ficaria somente a fachada e, claramente, uma história de sucesso que pó algum de tijolo e pedra demolidos conseguiriam apagar. Melhor de tudo: a história conheceria a partir desta data novos e intensos episódios, depois de reconstruído todo o interior e de reaberto o Jardim-Escola a 26 de Dezembro de 2002.

Coma valência única de Jardim, um total de 100 crianças gozam e desfrutam de condições singulares, devidamente sublinhadas pelas quatros salas pedagógicas.

Traços gerais sumariamente esboçados, história necessariamente resumida, o “Era uma vez…” múltipla e encantadoramente escutado entre as quatro paredes da casa Santo António intromete-se quase involuntariamente num relato que adquire cor e alegria suplementares concedidas pelas crianças, obviamente protagonistas nesta narração, desde a hora a que se nos entram pelo Jardim adentro até à hora a que ternamente se despedem, preparados para nova etapa de uma vida que ficará indelevelmente marcada pela passagem e convivência certamente inolvidáveis no número 11 da rua da Conceição. Privilégio inerente a uma rotina que jamais se repete, cansa ou fastidiosa, que jamais se torna…rotineira.

Do mero acolhimento às actividades pedagógicas propostas, das brincadeiras aos necessários hábitos de higiene e de alimentação, das visitas e actividades extracurriculares (ballet, natação, educação física, funk, música…) às festas de época, sem esquecer o indispensável intercambio jardim/família/comunidade, é todo um cenário luminoso e encantatório aquele que se ergue, envolve e acompanha o crescimento das crianças. Para que estas quando forem grandes nunca se esqueçam de que um dia começaram por ser criança!

Jardim-de-Infância Mons. Pires Quesado

O Jardim de Infância Monsenhor Pires Quesado é uma ampla estrutura educacional constituída pelas valências de creche, jardim de infância e ATL, que procura sustentar toda a sua actividade em princípios que potenciem a prestação de um serviço de cariz educativo de qualidade, na prossecução dos objectivos definidos para este nível educativo e o necessário e imprescindível apoio social à família.

Actualmente é constituído por 12 salas pedagógicas e por amplos e diversificados espaços comuns, como dois salões polivalentes, um pavilhão, em recreio exterior e um pequeno campo de jogos.

Desenvolve várias actividades e serviços, abrangendo uma população total de 240 crianças de diferentes faixas etárias na prossecução dos seus objectivos. Encontra-se dividido por três valências, de forma a responder adequadamente às necessidades e interesses dos diferentes grupos de crianças e jovens.

A creche é uma valência constituída por três salas de actividades, que procura garantir um atendimento individualizado e as condições essenciais a um desenvolvimento físico e mental saudável, num período de vida das crianças (dos 0 aos 3 anos), em que um clima familiar afectivo e emocionalmente estável, calmo e seguro é decisivo no seu desenvolvimento.

A valência de jardim-de-infância é constituída por seis salas pedagógicas e destina-se a crianças entre os 3 e os 6 anos. Constitui um espaço estruturado em função dos interesses e necessidades das crianças, onde se privilegia a actividade lúdica e através dela se constrói o conhecimento, se desenvolvem competências e destrezas, se aprendem normas e valores esse promovem atitudes úteis à construção de relações positivas entre pares e ao desenvolvimento integral da criança.

O ATL destinado a crianças dos 6 aos 10 anos é um espaço que pretende dar continuidade ao trabalho realizado na valência de jardim, no que se refere às oportunidades, agora mais complexas, de desenvolvimento global, para crianças cuja maior parte do tempo é absorvido pela escola de Ensino Básico. Pretende-se apoiar a família no que diz respeito às obrigações escolares e fomentar a construção de pequenas comunidades infantis no interior das quais se criem e negoceiem regras de relação, de respeito mútuo e atitudes de compreensão e inter-ajuda.

ATL Sede

O ATL Sede surge para ocupar os tempos livres da população juvenil e promover hábitos de vida física e moralmente saudáveis. Esta resposta dimanou da necessidade, cada vez mais permanente, das famílias que frequentavam o nosso refeitório e que depois não tinham como ocupar os filhos no período deixado em aberto pelas escolas Primárias.

Nos dias de hoje, no centro de Actividades de Tempos Livres, intervimos tendo em conta a seguinte metodologia de trabalho:

  • Planificações pedagógicas apoiado por pessoal qualificado;
  • Desenvolvimento de actividades que contribuam para um maior interesse na formação integral da criança como cidadão;
  • Uma organização do dia-a-dia, promovendo a permanente participação de todos os intervenientes, incluindo as próprias crianças;
  • Elaboração de programas de actividades equilibradas em equipa pluridisciplinar;
  • Realização de trabalhos com moldes de gestão inovadora, flexível e transparente.

O ATL tem uma função complementar e não de substituição da família e da escola. Neste ATL, temos como objectivos:

  • Proporcionar um atendimento à criança num clima de segurança afectiva e física;
  • Colaborar estritamente com a família, numa partilha de cuidados e responsabilidades, em todo o processo evolutivo da criança;
  • Colaborar no despiste precoce de qualquer inadaptação ou incapacidade, encaminhando adequadamente as situações detectadas.

Brincar e aprender a aprender é a profissão da criança. Façamos então que seja uma passagem alicerçada em conhecimentos sólidos e afectivos para que esta se torne nu7m adulto com sentido humanista e cívico.

Creche nossa senhora da Conceição

No início esta valência tinha capacidade para 40 crianças com idades compreendidas entra os três meses e os três anos. Nas novas instalações, a Creche passou a ter capacidade para 60 crianças do mesmo grupo etário. Em 2005 a creche sofreu obras de ampliação e beneficiação, com o alargamento do espaço do refeitório e a criação de 3 novas salas para a Creche Santo António.

O recreio tem piso anti-queda e equipamentos no exterior adaptados a este grupo etário. A capacidade das duas valências é de 70 crianças. A sua equipa de trabalho é composta por 4 educadores de infância, 6 ajudantes de acção educativa e 4 auxiliares.

Além de todo um trabalho projectado pelas educadoras na sua sala, com diferentes actividades pedagógicas dirigidas a esse grupo etário, temos actividades comuns as duas creches: Festa de Natal, Festa de Carnaval e Festa de Final de Ano/Finalistas.

Creche

Lugar, espaço de brincar. Brincar, também, como sinónimo de trabalho criativo.

Brincar é de uma importância crucial, porque enquanto estimula o desenvolvimento intelectual da criança, também lhe ensina sem que disso ela se aperceba, quais os hábitos mais necessários ao seu crescimento, tais como a perseverança, primeira condição para o êxito escolar. Fornece uma oportunidade ideal para a observação prolongada e sistemática de uma criança, a fim de determinar as suas presentes e futuras necessidades educacionais. Representa igualmente uma valiosa fonte de apoio, orientação e colaboração aos pais, e é um lugar privilegiado para que a criança encontre tudo aquilo que em casa já não é possível, a partir de uma determinada altura: material, estímulo orientado, despontar de competências e oportunidades de experiências.

Há aprendizagem, mas sob outra forma que não a formal, o que está ligado à transmissão de conhecimentos. São “outros” conhecimentos os que aqui se adquirem. Este é o tempo de aquisição de bases de conhecimento de uma forma geral. Para além da perseverança, há também a confiança na capacidade de conseguir o que pretende fazer. Desta maneira a criança trabalha o raciocínio, a manipulação sem se aborrecer, adquire os tais hábitos de perseverança e aplicação, tira ensinamentos indispensáveis às aprendizagens escolares futuras. As situações do dia a dia, servem de estímulo à aprendizagem da criança. Expor os seus trabalhos, estimula-as, valoriza-as.

Tudo isto só é possível com a maior das qualidades que toda a equipe de trabalho desta creche possui: o amor à criança.

Conclusão

Com este trabalho compreendi que a Beneficente é uma instituição essencial para a nossa comunidade, visto que ajuda muitas famílias, e é graças a ela que muitas crianças se tornam em grande pessoas.

A mensagem que esta associação de solidariedade social deixa, é que os poveiros se lembrem que a solidariedade social é fruto da dedicação, amor e desprendimento de todos aqueles que no voluntariado se dedicam às causas nobres.

“Em cada pedra dos seus edifícios poderia gravar-se o nome dos seus Benfeitores que possibilitam a sua vivência.”, por Presidente da Assembleia Geral, Dr. Manuel Quintas.